PARTIDO POLÍTICO, UMA BREVE ANALISE DO TROCA-TROCA.


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Se partíssemos do pressuposto que as diretrizes internas adotadas por cada partido político e seus filiados, agissem unicamente dentro da esfera que beneficia a comunidade, fazendo com que as suas normas programáticas e ideológicas fossem de fato voltadas para o povo, não haveria inconveniente algum em que os “futuros donos do poder” trocassem constantemente de legenda. Infelizmente não é essa a realidade. 

Políticos e candidatos mudam de partido, com a mesma frequência com que trocam suas camisas.
Temos duas questões à analisar.
Se a analisarmos em termos ideológicos, a linha de conduta que é adotada quando os partidos nascem, é realmente elaborada visando o bem estar do povo, o progresso do município, estado e pais. Esses ideais parecem ser a essência de sua conduta. Tudo parece perfeito !

A outra questão é o conteúdo programático adotado. Elabora-se programas e cronogramas que tendem a estreitar os laços entre ideologia e realidade. Tudo também parece perfeito !

O próximo passo dessa “infalível” receita de progresso e bem-estar popular, é ir ao forno, se fazer real.
Ajusta-se a temperatura, unta-se a forma, tempera-se no melhor estilo gastronômico e espera-se o cozimento.
Neste forçado tempo de espera, surge a dúvida : Quem comerá o bolo ?
Se depender da maioria numérica a resposta seria : Nós, o povo !
Se depender da elitizada minoria a resposta seria : Nós, o poder !
O que fazer então ? 
Eis que o poder, dono absoluto do forno e dos ingredientes, fala mais alto e impõe a sua nova receita.
Muda-se um pouquinho o tempero, adoça-se ou salga-se conforme a conveniência , e readequa-se o tempo de cozimento.

É na fase que precede o “comer do bolo”, que as emendas, artigos e adendos, transformam todo o conteúdo programático e ideológico dos partidos. Igualmente nesta fase, as convicções de candidatos se perdem entre beneficiar os munícipes ou garantir de fato a sua ascensão.   Em ambos os casos, o que era feito para o povo, agora tem como norma disputar a liderança do poder com outros partidos. O povo é esquecido, e o PODER enaltecido. Quem for mais articulado comerá a melhor fatia. Infelizmente no troca-troca partidário, não se objetiva mais o bem estar da população, a ordem é mudar para o partido que oferecer melhores condições de se chegar ao poder. Ideologia partidária e programática, que a principio seria a base de sustentação do bem estar coletivo, cede espaço para a acirrada briga de candidatos que se agarram em quem já teve, ou tem, poder, prestígio e influência, sem ao menos manifestarem um inteligente interesse em conhecer e analisar previamente todas as bases e diretrizes do partido novo que os acolherá …

texto By Mozzilli



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