O REFLEXO DE 2012 EM 2014.


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A eleição de um número significativo de prefeitos este ano é importante para os partidos, disso ninguém tem dúvida e nisso apostam as legendas ao investir no crescimento com vista à eleição de presidente, governadores, deputados e senadores em 2014.
Mas, cresce entre os políticos a percepção de que o efeito de uma vitória substancial agora não significa necessariamente que as estruturas municipais lhes garantirão uma colheita de votos tão boa quanto, daqui a dois anos.
Isso porque os partidos vêm notando que os prefeitos já não são indutores de voto – principalmente o majoritário – como foram em outras épocas. Perdem relevância eleitoral dia a dia, e por vários motivos: o primeiro é que nas grandes e médias cidades o eleitor forma sua opinião independentemente da posição política do chefe do Poder Executivo local, com base nas informações dos meios de comunicação, internet, e não raro, na conjuntura nacional. Nesses casos o mais comum é ocorrer o oposto: o prefeito é quem embarca na tendência da maioria e se deixa conduzir por ela.
Outro fator é a mudança de posição, ou mesmo de partido, do prefeito que, aliado a um determinado grupo na eleição, muitas vezes se transfere com a máquina municipal para outra ala que lhe pareça mais forte e politicamente vantajosa, alegam as famosas razões de governabilidade e um abraço a quem discordar dessa justificativa.
O aliado de hoje pode ficar a ver navios no meio do caminho e aquela vitória se transforma numa derrota.
Há que se levar em conta também o desgaste do eleito durante o mandato, que pode fazer do provável e intencionado vitorioso, um estorvo depois de dois anos de mandato, por exemplo, aumentado muito a sua rejeição entre o eleitorado, o que é o caso aqui em Campo Magro.

Isso não quer dizer que a eleição de prefeitos seja irrelevante para os partidos. É muito importante para marcarem posições, para formar “torcida” no processo de disputa, para serem vistos no palanque (eletrônico), para mostrarem força e, quando bem-sucedidos, serem apontados no dia seguinte pela imprensa como vitoriosos pretendentes a futuros cargos superiores, ou como a propulsão necessária para a ascendência de outros colunáveis.

Atualmente o efeito é efêmero. À exceção dos chamados grotões, onde o chefe político ainda é uma figura de influência determinante, nas grandes e médias cidades, a vitória ou a derrota nos municípios não são agentes definidores do desempenho estadual, muito menos nacional no futuro.
Trata-se de um sentimento forte entre políticos que, naturalmente, não andam por aí a propagar a irrelevância eleitoral dos prefeitos e vereadores, até porque eles têm a sua influência determinada também pelo reflexo de todo esse conjunto elegível, mesmo que seus ideais sejam fortemente contrários à esse essencial apoio. Os munícipes evoluíram em seus pensamentos, e a política de outrora cedeu espaço para uma conscientização que dia a dia ganha força e se torna a arma necessária para que tenhamos opiniões individuais definidas e uma melhor e mais acertada escolha de nossos representantes. 


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